EUA e Brasil discutem cooperação em inovação
Sergio Leo. Valor Econômico. 16/08/2012
A sustentação do crescimento do crédito no Brasil e a adaptação das
empresas à nova Lei de Resíduos Sólidos, que exige do setor privado
maior responsabilidade na reciclagem de produtos, estão entre os novos
temas que devem entrar na agenda do país com os Estados Unidos.
Diferentemente das contenciosas agendas do passado, o que Washington e
Brasília discutem, agora, é a criação de mecanismos para apoiar
inovações destinadas a empresas dos dois países, como defendeu ontem,
com entusiasmo, uma delegação enviada a Brasília pela secretária de
Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
"Há um novo modelo que podemos desenvolver com empresas brasileiras e
americanas", disse ao Valor o representante especial da Secretaria de
Estado dos EUA para Parcerias Globais, Kris Balderston.
Criar mecanismos inovadores de garantia e avaliação de crédito para os
novos consumidores no Brasil é um dos principais temas de interesse das
cerca de 50 empresas brasileiras e americanas com que Balderston
conversou nos últimos meses.
Em sua quarta visita ao Brasil, ele lidera, dessa vez, uma missão com
pelo menos 12 executivos de grandes companhias americanas em visita ao
país. Entre as empresas interessadas no mercado brasileiro, está a
segunda maior varejista mundial em artigos domésticos, a americana
Lowe's.
Balderston teve reuniões, ontem, com representantes de ministérios, no
Itamaraty, na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e no Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Hoje, terá
encontros com o setor privado em São Paulo. O representante americano
busca apoio para criar um organismo bilateral com especialistas
dedicados a projetos de inovação com cooperação entre governo e
empresas.
O Brasil é visto como um programa-piloto do que os americanos chamam
AMP (sigla, em inglês, de Acelerando Parcerias Voltadas ao Mercado). Uma
das tarefas de Balderston no país é a criação de um fundo, com
contribuições das empresas, para contratar pessoal e criar um escritório
especializado no Brasil.
"Esse pessoal seria capaz de monitorar as questões de interesse das
empresas e agir rapidamente", prevê o representante da Secretaria de
Estado. As empresas, segundo Balderston, foram unânimes em levantar os
temas da necessidade de reciclagem, sustentabilidade, educação e
treinamento e como trazer os novos consumidores ao mercado, concedendo
crédito.
fonte: http://direitointernacional.org/noticia.php?id=166
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