quinta-feira, 5 de setembro de 2013

EUA e Brasil discutem cooperação em inovação
Sergio Leo.  Valor Econômico.  16/08/2012

A sustentação do crescimento do crédito no Brasil e a adaptação das empresas à nova Lei de Resíduos Sólidos, que exige do setor privado maior responsabilidade na reciclagem de produtos, estão entre os novos temas que devem entrar na agenda do país com os Estados Unidos.

Diferentemente das contenciosas agendas do passado, o que Washington e Brasília discutem, agora, é a criação de mecanismos para apoiar inovações destinadas a empresas dos dois países, como defendeu ontem, com entusiasmo, uma delegação enviada a Brasília pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.

"Há um novo modelo que podemos desenvolver com empresas brasileiras e americanas", disse ao Valor o representante especial da Secretaria de Estado dos EUA para Parcerias Globais, Kris Balderston.

Criar mecanismos inovadores de garantia e avaliação de crédito para os novos consumidores no Brasil é um dos principais temas de interesse das cerca de 50 empresas brasileiras e americanas com que Balderston conversou nos últimos meses.

Em sua quarta visita ao Brasil, ele lidera, dessa vez, uma missão com pelo menos 12 executivos de grandes companhias americanas em visita ao país. Entre as empresas interessadas no mercado brasileiro, está a segunda maior varejista mundial em artigos domésticos, a americana Lowe's.

Balderston teve reuniões, ontem, com representantes de ministérios, no Itamaraty, na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Hoje, terá encontros com o setor privado em São Paulo. O representante americano busca apoio para criar um organismo bilateral com especialistas dedicados a projetos de inovação com cooperação entre governo e empresas.

O Brasil é visto como um programa-piloto do que os americanos chamam AMP (sigla, em inglês, de Acelerando Parcerias Voltadas ao Mercado). Uma das tarefas de Balderston no país é a criação de um fundo, com contribuições das empresas, para contratar pessoal e criar um escritório especializado no Brasil.

"Esse pessoal seria capaz de monitorar as questões de interesse das empresas e agir rapidamente", prevê o representante da Secretaria de Estado. As empresas, segundo Balderston, foram unânimes em levantar os temas da necessidade de reciclagem, sustentabilidade, educação e treinamento e como trazer os novos consumidores ao mercado, concedendo crédito.


fonte: http://direitointernacional.org/noticia.php?id=166

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